Esse artigo será uma contestação sobre os problemas do Pokémon TCG e anseios do que gostaríamos de ter no futuro, como, por exemplo, retorno de mecânicas passadas que não existem mais; e retorno de cartas que deveriam aparecer com novas atualizações que funcionariam bem e manter a longo prazo.
Comentaremos que o jogo não é só flores e elogios, mas que, sim, existem alguns problemas sobre continuidade de mecânicas e ausências dessas, além da falta de cuidado com cartas a longo prazo para o Expandido.
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Então, com essa minha análise, irei falar de pontos que a Pokémon Company poderia rever com o TCG e oferecerei minhas opiniões acerca disso.
Valorização e Extensão de Validade de Tipos de Pokémon Ultra Raros
Contextualização e Introdução
O TCG de Pokémon nunca deu muita ênfase para cartas a longo prazo para o Expanded, dedicando um tipo de raridade somente ao formato Standard.
Podemos dar o exemplo do próprio surgimento do conceito de Pokémon ex, que iniciou em todo o bloco Ruby/Sapphire, dentro daquela validade de 2003 até 2007 (do Ruby/Sapphire: Base Set até Ruby/Sapphire: Power Keepers) com 16 expansões.
Podemos também mencionar que, durante as expansões Holon Phantoms, houve a mecânica de troca de tipos de Pokémon com os famosos Pokémon Delta (ou Pokémon Holon).
Depois disso, tivemos Diamond/Pearl com 8 expansões e Platinum com 4 expansões (mas como ele faz parte do bloco de Sinnoh - considerarei como parte de D/P), totalizando 12 expansões, que focaram em Pokémon com raridade Lv.X, durando de 2007 a 2009.
Em Heart Gold/Soul Silver, tivemos 5 expansões, mais o Call of Legends, totalizando 6 expansões, num período curto de 2010 até 2011, em que o conceito de raridade se consistia em Pokémon “comuns” com evoluções Prime e os lendários com cartas que se encaixavam como Legends, isso é, duas partes de um Pokémon, como Lugia ou Ho-Oh, ou de duplas como Rayquaza e Deoxys, Groudon e Kyogre, Cresselia e Darkrai, etc.
Em Black/White, houve a reformulação do conceito de EX (maiúsculo), em que o foco era em mais lendários com essa raridade, e, com 13 expansões (considerando coleções especiais), eles tentaram seguir o rumo do que foi o Ruby/Sapphire.
Em X/Y, tivemos 19 expansões (considerando coleções especiais, McDonald’s e ademais), em que o conceito dos EX se mantiveram, mas levantaram gancho para as mecânicas de Mega Evoluções. Entretanto, usaram Pokémon evoluídos como se fossem básicos, como, por exemplo, o trio de Kanto, para que, assim, fossem usar suas Mega Evoluções como estágio.
Em Sun/Moon, voltou-se a aplicação do respeito de evoluções de Pokémon, indo do básico como carta comum e, aí, sim, ao chegar na sua última evolução, este Pokémon seria da raridade GX, com a especialização dos ataques GX, uma mecânica nova implementada no bloco.
Ele durou por 21 expansões (de 2017 até 2019, de forma impressionante pelo curto tempo e tamanhas opções, incluso coleções especiais e McDonald’s); e o ponto de ruptura da mecânica foi com os Tag Team GX, que vieram a partir de Team Up, até Cosmic Eclipse*, com Pokémon em grupos, duplas e trios.
Em Sword/Shield, que iniciou em 2019 e terminou em 2022, tivemos um conceito similar com as Mega Evoluções de X/Y, isso é, de que Pokémon evoluídos eram tratados como básicos, mas com a nomenclatura V e ganhando duas formas, Dynamax ou Gigantamax, com a nomenclatura VMax.
Posteriormente, alguns ganharam a evolução com a nomenclatura VStar; em 5 Pokémon da coleção, tivemos o conceito similar às cartas Legends, de juntar partes para se encaixarem (vulgarmente chamadas de “cartas Exodia”), com 4 partes que precisavam estar na pilha de descartes para serem invocados, os chamados de VUnion, que foram: Mewtwo, Greninja, Zacian, Pikachu e Morpeko.
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Agora, chegando na mais recente coleção, dentro do bloco Scarlet/Violet, atualmente como está nesse artigo em 2023, voltamos com os mesmos conceitos de Ruby/Sapphire, com os Pokémon ex, por enquanto; mas alguns têm “habilidades” conhecidas como Terastral, que são basicamente uma reciclagem dos conceitos de habilidades Alpha e Omega usadas em X/Y: Primal Clash.
Essas mecânicas só duram por uma temporada, ou seja, a Pokémon não tem pensamentos a longo prazo para estender essas cartas para o Expandido, e, quando fazem no Standard, só duram por uma coleção ou duas.
Quer um exemplo bem recente? Temos o próprio Mew VMAX FST 114, que é um dos poucos Pokémon Fusion Strike que realmente tem solidez de jogo. Existem outros pouquíssimos exemplos. Tirando ele, quais outros você pensaria?
”Ah, temos o Deoxys PR-SW SWSH170, Latias PR-SW SWSH171, Meloetta FST 124 como bons representantes.”
Tudo bem, mas com quanta frequência? Quais são as posições deles em decks de campeonatos? Qual é a diversidade de quantidades de Pokémon desse estilo de combate? Outro que você pode contar nas mãos, que é tão forte quanto o Mew-VMax, é o próprio Hoopa V PR-SW SWSH176.
Quando passou a coleção Fusion Strike, acabou a diversidade de outros Pokémon com esse estilo - ou seja, a Pokémon Company não tem o hábito de estender muito suas mecânicas e ideias para longos períodos, o que pode afetar o Expandido de forma a tornar as opções bem escassas.
O Pokémon TCG acaba diferindo bastante do Magic, por exemplo, em que as cartas, mesmo sendo lançadas desde os primórdios da década de 90 até hoje, sempre se conversam e tem um prazo de duração muito maior.
Pokémon Lv. X e BREAK
No bloco de Diamond/Peal e Platinum, no geral, houve a colocação de Pokémon com aprimoramentos, em que eles eram considerados “estágios” também, mas podiam fazer essa leitura de ataques até dos Poké-Bodies e Poké-Powers (as antigas habilidades usadas em Pokémon) da carta anterior, isso é, trazendo uma constância com uma gama de usos, como temos o exemplo do Darkrai Lv.X:
As possibilidades eram justamente pegar essa carta Darkrai MD 3, que tinha um Poké-Power e dois ataques, e colocar o Darkrai LV.X GE 104 por cima, deixando ele com mais opções de ataques e seu Poké-Body.
Diante disso, tivemos a reciclagem desse conceito para os Pokémon BREAK em X/Y, que era uma excelente forma de resgate desse tipo de jogo, mas no qual poucos Pokémon tiveram sua versão BREAK.
Tivemos grandes exemplos de cartas que jogaram com o estilo BREAK:
A Pokémon Company poderia ter colocado mais Pokémon durante o bloco X/Y com essa mecânica do que nas expansões finais do mesmo, e inclusive, até reciclar e retornar com eles no futuro, já que a tendência de Scarlet/Violet é tentar respeitar a questão de linhas evolutivas, com Pokémon indo do básico aos estágios 1 e 2.
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Nisso, poderiam colocar esses aprimoramentos BREAK, para poder ter mais sustentabilidade com esses Pokémon “baby” para esse atual bloco.
Legends
Elas são cartas de uniões de duas peças, que geralmente representavam os Pokémon lendários.
Com essa mecânica, tivemos duas possibilidades implementadas no futuro, que foram:
1) Montar duas peças para juntar um Pokémon foi a base para o V-UNion, porém, infelizmente só tivemos 5 Pokémon com essa oportunidade e não teve uma exploração maior da mecânica, frisando apenas o Mewtwo-VUnion de forma mais presente em torneios regionais, internacionais e algumas vezes em mundiais.
2) A união de Pokémon em duplas para, no futuro, em Sun/Moon, criar a mecânica dos Tag Team GX, que foram cartas muito poderosas, mas infelizmente foram pouquíssimas (31 cartas para ser mais exato - não considerando as versões FA, Rainbow, Secret Arts e as Gold, que nunca vieram pro ocidente, com a expansão japonesa Tag Team All Stars).
A Pokémon Company poderia ter acertado com mais junções de Pokémon, o que seria muito legal de se ver (mesmo que o “Power Creep” de alguns deles sejam absurdos, como o famoso ADP), mas não foi isso que aconteceu.
Em suma, queria que esse tipo de mecânica fosse mais frequente e, na época de seu lançamento, melhores aproveitadas.
Pokémon de Outras Raridades: Shining, Radiant, Prism Star
Se formos considerar as primeiras expansões da Neo, em que Pokémon com pedidos exorbitantes de custo de energias bem peculiares eram lançados, como o Shining Tyranitar N4 113 ou Shining Charizard N4 107 (o que se refletiu nos Crystal Pokémon, como o próprio Charizard SK 146 na época dos E-Cards), essa concepção de tributação de energia foi o que deu gancho para a reciclagem nos Amazing Rare, que estrearam em Sword/Shield.
Salvo algumas exceções, os custos destes eram acessíveis, como Reshiram SHF 17, Yveltal SHF 46 e Kyogre SHF 21, por exemplo - mas não fizeram tanto sucesso, pois também contam-se a dedo a quantidade de cartas Amazing Rare.
Mas e os Pokémon Shiny? Sempre estiveram presentes e era sempre legal ter suas aparições em algumas coleções, no caso os “babies”, como uma forma de jogo, como o Shining Celebi PR-SM SM79 que, disparado, é o melhor que existiu no jogo na era Sun/Moon, e que fazia o mesmo efeito de habilidade de sua versão Celebi-EX BCR 9 em Black/White.
Contudo, a Pokémon Company não se preocupou em deixarem todos jogáveis de forma eficiente, por vezes com custos de energias grandes e com pouco dano, como o caso do Shining Lugia PR-SM SM82. Ela poderia, de certa forma, sempre colocar com mais evidência esses Pokémon e com mais eficiência seus ataques e habilidades, e não presos somente no colecionismo.
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E isso nos dá gancho para os Radiant Pokémon, os quais 80% deles são extremamente jogáveis e bem utilizados, com exceção do Radiant Steelix LOR 124, que é uma das piores cartas dessa raridade. Eles podem muito bem serem continuados (e talvez deveriam) com Scarlet/Violet, já que a mecânica de serem básicos e postos logo de primeira em jogo é interessante.
Para fechar o tópico, temos os Pokémon catalogados como Prism Star, os quais, se nocauteados, vão para a Lost Zone, mecânica essa que retornou após idas e vindas desde Diamond/Pearl, HG/SS, Sun/Moon e, recentemente, em Sword/Shield. Eles têm funções muito interessantes, com destaque ao Volcanion ◇ FLI 31 e Tapu Koko ◇ TEU 51, como alguns dos melhores Pokémon da classe.
Também são poucos os que tiveram o privilégio de serem catalogados com essa raridade e que poderiam ter sido mais frequentes no formato, no mínimo com 50 Pokémon ao longo de Sun/Moon.
Extensão de Durabilidade das Mecânicas de Pokémon
“Habilidades” por Ferramentas Embutidas nos Pokémon
Esse tipo de implementação ocorreu logo em Diamond/Pearl, e só ficou por lá. Essas habilidades vinham como uma alusão aos jogos com itens equipados aos Pokémon, que davam um benefício, o que era muito bacana de se ver, e isso sumiu.
Eles poderiam até deixar alguns Pokémon básicos com certos itens embutidos e não criar apenas cartas falhas de "Bulks", as quais a Pokémon Company cisma em lançar em toda expansão.
Abaixo, temos exemplos de Pokémon básicos com esse tipo de implementação:
“Habilidades” Alpha, Beta, Omega & Delta
Com a exclusão das habilidades conhecidas como Poké-Powers e Poké-Bodies no final de HG/SS, elas ficaram unificadas como habilidades fixas em Black/White.
Para quem não acompanhou as épocas antigas, os Poké-Powers precisavam sempre ser declarados ao jogar um Pokémon; os Poké-Bodies, por sua vez, eram habilidades automáticas dos Pokémon, quando colocados em jogo sem declaração.
Contudo, em X/Y: Primal Clash, quando veio o retorno do foco da Team Magma VS Team Aqua, alguns Pokémon receberam esses benefícios de habilidades, se assemelhando aos Poké-Bodies, com nomenclaturas de Alpha, Omega e Delta, que eram automáticas aos Pokémon.
Esse tipo de mecânica poderia ter durado mais a longo prazo, já que ela aparentemente não iria prejudicar no Expandido caso as cartas Padrão de formatos futuros viessem, mas infelizmente não se seguiu.
Essa mentalidade dessas habilidades foi reciclada para a geração atual em Scarlet/Violet, com as cartas “Terastal”.
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Single Strike, Rapid Strike e Fusion Strike
Assim como toda temporada numa coleção, a Pokémon sempre deixa de canto uma modalidade boa de estilo de jogo só para ressaltar o formato Padrão e a expansão em questão, como foi o caso dos blocos que vieram em Battle Styles e Fusion Strike.
Nestes blocos, 70% dos Pokémon eram deixados de canto e sem um aproveitamento fixo; dos Pokémon comuns, focando em Pokémon estrelas, apenas os Urshifu, com seus estilos de luta e o próprio Mew VMax foram aproveitados, causando uma falta da diversidade que esse tipo de mecânica, que era muito interessante, poderia ter, visto que ela contou com um bom leque de opções de cartas Trainers de itens e ferramentas para casar com o estilo de jogo.
Lost Zone
Essa mecânica deveria ser ao menos fixa no Pokémon, assim como D/P e HG/SS, que abusaram e usaram muito dela, já que ela era bem rica, mas ela se foi, ganhou pouco destaque em Sun/Moon e só em Sword/Shield teve a engrenagem de voltar com a aproximação do que era com a época passada de D/P.
Novamente, elas só rodam com cartas específicas, com o mesmo “modus operandi”: usar o Comfey LOR 79 para fazer a habilidade, usar e abusar do Colress's Experiment LOR 155 para filtrar o deck, e usar sempre Cramorant LOR 50 e Sableye LOR 70 como atacantes, isso quando não o holofote não está no Giratina VSTAR CRZ GG69.
Fora isso, quantas outras possibilidades você consegue reaproveitar com cartas tão fortes quanto o Giratina VSTAR CRZ GG69 para ganharem tamanho destaque em regionais, internacionais e mundiais?
É bem difícil ver outro Pokémon assim, mostrando mais uma vez que a empresa não sabe diversificar sua gama de Pokémon para que eles tenham seu potencial alcançado, e focam apenas em um para ter os holofotes, sendo quase previsível como se estabelecerá o metagame no Padrão - apesar de que, no Expandido, a sinergia com cartas usando a mecânica da Lost Zone ganharam mais força e mais notoriedade.
Foco Maior no Ocidente com Cartas de Treinadores com seus Pokémon assinaturas
Durante o Classic Base Set, tivemos duas expansões focadas nos personagens dos jogos, literalmente enquadrando os líderes de ginásio de Kanto e a Equipe Rocket, com as expansões Gym Challenge e Gym Heroes, e a mecânica de seus arquétipos e Pokémon assinatura.
Porém, com o passar dos anos, o Japão sempre deu exclusividade ao seu país e não deu a mínima importância para o ocidente, não colocando totalmente suas outras expansões temáticas, e, ao invés disso, limitando a exclusividade a eles.
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Só tardiamente as pessoas teriam ciência disto, que é o caso das expansões Pokémon VS, que trariam de novo os personagens de Kanto, Johto e ainda a Elite 4 e mais cartas dos Rockets, com mais enriquecimento das cartas Trainer que fossem respectivos a eles.
Adicionalmente, na era Ruby/Sapphire, existiram alguns personagens do anime que tiveram suas cartas assinatura, dando continuidade com a expansão VS, desde o anime, na série de TV, até em filmes, como, por exemplo, com os Pokémon do Ash.
Posteriormente, no bloco Platinum, dando continuidade a D/P, finalmente no ocidente pudemos ter o foco com os personagens líderes de ginásio de Sinnoh, além da Elite 4 e a Team Galactic com seus Pokémon.
Mas, ainda assim, havia essa limitação do ocidente de só focar no país nipônico com cartas exclusivas, como, por exemplo, “Ash’s Pikachu” sendo lançado só no Japão e nada desta carta aparecer no ocidente.
Esse problema ainda continua, com essa restrição, até Sun/Moon, que teve os Pokémon temáticos de treinadores, no caso, Ash VS Team Rocket, em que Ash tinha seu Pikachu e Jessie tinha o Mimikyu, exclusivos apenas no Japão.
Reformulação na Estrutura dos Pokémon
Pokémon com “Nerfs” de Quantidade de Ataques por Reprints e Ausência ou quase Inexistência de Pokémon com Três Ataques
Outro ponto no qual a Pokémon Company está pecando quando se trata de produções das cartas são as quantidades de ataques. Geralmente, sabemos que a média que uma carta pode ter é dois ataques, mas eram raras as ocasiões que são mais presentes nos blocos mais recentes do Expandido, vindo de Black/White até Scarlet/Violet, com três ataques.
Para entender essas mudanças, veja alguns exemplos de Pokémon com três ataques, pegando a época do Classic Base Set e Neo:
Temos estes exemplos na época das cartas do bloco Ruby/Sapphire, em que houve uma predominância maior de Pokémon com 3 ataques e até chegando a 4 ataques com opções (!):
Esse tipo de diversidade faz muita falta no TCG, e o único exemplo de carta que teve reprint que tinha a mesma intenção foi com o Kangaskhan de R/B: Fire Red/Leaf Green e S/M: Dragon Majesty.
Temos exemplos de algumas dessas cartas reprintadas que tinham o equilíbrio de habilidade e ao menos dois ataques, que, com o passar do tempo, perderam um ataque - o que é ruim, pois em casos de partidas contra oponentes que usem ataques relacionados a “Amnesia”, o Pokémon perde chances de responder o oponente. Usarei dois exemplos:
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Ausência das Tipagens Duplas e Reformulação de Fraquezas e Resistências
Com o “Power Creep” que os Pokémon receberam em Sun/Moon, principalmente com as mecânicas Tag Team GX, muitos Pokémon ficaram com HP na faixa de 240 até 300, e isso se perdurou para Sword/Shield, com Pokémon chegando na casa de 330 até 340 de HP.
Isso também continua com Scarlet/Violet com os ex. O meta é prejudicado com isso porque geralmente eles trabalham com arquétipos fixados em cada geração.
”Mas como assim arquétipos em cada geração?”
Perceba que, em Sun/Moon, houve uma relevância muito significativa com Pokémon de fogo, havendo muitas cartas que dessem suporte a eles, como Welder UNB 189, Fire Crystal UNB 173, Fiery Flint DRM 60, Giant Hearth UNM 197 e Heat Factory ◇ LOT 178, para girar em torno do Reshiram & Charizard-GX PR-SM SM247.
No início de Sword/Shield, tivemos mais cartas para focar em Eternatus VMAX SHF SV122, e, logo depois, o rumo se seguiu para dar mais valor ao tipo água, com a predominância maior com a linha de Sobble, Drizzle e Inteleon, Frosmoth SSH 64, Capacious Bucket RCL 156. Como atacantes, temos o destaque maior do Origin Forme Palkia VSTAR CRZ GG67.
Então, a cada geração, o metagame fica muito estereotipado, uma vez que descobrimos quais elementos predominam no formato. Com base nisso, temos a migração dos elétricos com o Miraidon ex sv1 253 para derrubar os Pokémon de água, e futuramente eles serão derrubados pelos lutadores e cria-se um ciclo vicioso.
Mas, e se pudéssemos voltar as origens das cartas de X/Y: Steam Siege com tipagens duplas? Assim, esses Pokémon poderiam ter as vantagens dos dois tipos, como, por exemplo, os casos dessas cartas:
Mas com isso, mesmo tendo vantagem de tipos, não seria justo também aplicar somente uma fraqueza ou uma resistência, e por isso, seria ideal voltar as origens dos Pokémon ex de Ruby/Sapphire, que tinham essa preocupação, como os exemplos abaixo:
- Charizard, como é do tipo fogo/voador, sofreria com os danos de água e elétrico.
- Blaziken, como é tipo fogo/lutador, sofreria com os danos de água e psíquico.
- Venusaur, como é do tipo grama/venenoso, sofreria com os danos de fogo e psíquico.
- Steelix, como é do tipo metal/terra, sofreria com danos de fogo e lutador, mas teria resistência contra grama e eletricidade (como um exemplo claro de duas resistências).
- Tyranitar, como é do tipo sombrio/pedra, sofreria com dano de grama e lutador, mas teria resistência a psíquico.
São com esses exemplos de dinamismo, aplicando tipagens duplas para esses Pokémon de raridade alta, como o que deveriam ter sido os GX, V e os nomes ex, que o jogo se tornaria mais dinâmico e não preso a tipos fixos, em que o meta fica pendurado e saturado.
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Isso faria jogadores terem satisfação de montar decks com outros Pokémon e terem até a opção de jogar com Pokémon que gostam sendo útil de forma competitiva.
Definição de Tipos
Geralmente, os que mais sofrem nos arquétipos são o tipo lutador, psíquico, água, grama, psíquico e venenoso.
- O tipo lutador engloba o próprio, assim como terrestre e pedra.
- O tipo psíquico engloba o próprio, assim como fantasma, e como fada.
- O tipo água engloba o próprio, assim como gelo.
- O tipo grama engloba o próprio, mas como os insetos e, por muito tempo, alguns venenosos.
- O psíquico, além dele próprio, também já englobou por vezes o venenoso.
- E o venenoso agora está dentro do arquétipo “sombrio” - o que não faz o menor sentido.
A Pokémon deveria estabelecer novas tipagens para eles terem a sua individualidade, assim como o tipo dragão, que conseguiu o mesmo após muito tempo classificado como incolor (e por vezes, sem fraqueza).
Depois, começaram a ter fraqueza pelo próprio tipo incolor, mas somente em Black/White eles ganharam seu tipo próprio, apesar de não terem mudado as energias básicas para tributar os Pokémon.
Então, como esse exemplo citado, eles poderiam ter seus tipos prontos e, ainda assim, usar as energias existentes, para não atrapalhar o jogo e reestruturar tudo do zero.
Um problema recente que está surgindo é com os Pokémon psíquicos, que antigamente só tinham fraqueza ao próprio tipo, ao invés de ter também fraqueza ao tipo sombrio. Somente os “fantasmas” que eram dentro do círculo dos psíquicos possuíam essa fraqueza;
Agora, com Sword/Shield em diante, todos ficaram com a fraqueza somente ao tipo sombrio, o que é ruim, pois o mais sadio a se fazer é manter a fraqueza dos dois tipos: psíquico e sombrio, além de colocar a resistência aos lutadores e aos incolores.
Temos o exemplo do Gengar ex lá na época de R/B: Fire Red/Leaf Green, que é definição perfeita de como a Pokémon deveria fazer as cartas e como queríamos que fosse daqui para frente em Scarlet/Violet.
Retorno do Tipo Fada
Para os fãs do arquétipo, ele foi o que mais sofreu, pois só teve rendimento em dois blocos (X/Y e Sun/Moon) e desapareceu em Sword/Shield, o que deixou os dragões com força total e sem impedimentos.
Antes, o tipo dragão tinha fraqueza a ele mesmo em Black/White, mas, em X/Y e Sun/Moon, eles receberam fraqueza ao tipo fada, o que equilibrou o jogo. Diante disso, com os novos lançamentos, os dragões não têm a preocupação de tomar danos dobrados pela ausência da fraqueza.
Se supormos que haja, futuramente, um suposto Dragonite ex em Scarlet/Violet, o que o jogador terá que fazer para causar 330 de dano e derrubar um? Será bem difícil.
Então, com os tópicos citados acima, seria útil os dragões terem a fraqueza com as duas tipagens (a dele mesmo e a fada) e o retorno do tipo, para que todo o sistema do jogo se torne igualitário em oportunidades e montagens de decks, visto que, no bloco Sun/Moon, houveram muitas ferramentas que inibiam danos de fadas por Pokémon EX, que, aparentemente, entram também na mesma categoria dos ex.
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Cartas Trainers
Apoiadores com Efeitos Duplos ou de Mais Opções
Apesar de termos tido possibilidades de uso de cartas com multi efeitos, como Serena SIT 164 e Roseanne's Backup BRS 148, ainda é algo muito escasso para o rumo que o TCG tem.
Embora o auge dessas cartas Apoiadores tenha sido com a implementação das cartas Tag Team, como Mallow & Lana CEC 198, Cynthia & Caitlin CEC 189 e Guzma & Hala CEC 193, ainda sim seria muito melhor que houvessem mais cartas com essas escolhas de uso, para deixar o jogo bem mais dinâmico e poder dar mais espaço para outras cartas no deck e enriquecer as táticas.
Poderíamos, por exemplo, ter mais aproveitamentos de cartas como Tate & Liza CES 148 e Giovanni's Scheme BKT 138.
Apoiadores Prism Star
A mecânica Prism Star, já citada com Pokémon antes em tópico acima, foi ofuscada, e os Apoiadores desses tipos de raridade sofreram o mesmo: pouca variedade de cartas que foram raramente usadas com muita frequência, e que poderiam ser estendidas sem prejudicar nada no formato Padrão para longo prazo e enriquecer também o Expandido.
Se tivemos a carta do Lance ◇ DRM 61 com efeito para dragões, por exemplo, como membro da Elite 4 de Kanto, não seria bacana se também tivéssemos as cartas da Lorelei, Bruno e Agatha Prism Star? Ou até mesmo dos outros Elite 4 das outras regiões? E dos campeões de cada região com efeitos exóticos e únicos?
Retorno de alguns Itens e Ferramentas Pokémon
Aqui são três tipos de ferramentas que irei citar que fazem falta:
- As Technical Machines, como Multi Technical Machine 01 pop2 9, Technical Machine TS-1 LA 136, Technical Machine TS-2 LA 137, por exemplo, que eram extensões de ataques dos Pokémon. Era algo muito interessante de poder usar como estratégias e elas poderiam retornar.
- Ferramentas de Ataque GX:
Com apenas duas expansões de Sun/Moon que foram lançadas (Unified Minds e Cosmic Eclipse), essas cartas tinham um potencial de fazer qualquer Pokémon “baby” ter ataques GX, como os poderosos Tag Team. Eles só fizeram 3 dessas Ferramentas e só quase no final no bloco, o que foi um tremendo desperdício.
Poderiam muito bem terem sido implementadas em Team Up, com ao menos 3 Ferramentas cada expansão, e até mesmo na coleção especial de Hidden Fates, para que tivessem mais possibilidades de cartas com essa estratégia.
- Ferramentas com uso do VPower/VStar:
Estas cartas sofrem dos mesmos problemas das Ferramentas de movimento Z; só apareceram no final do bloco, no encerramento de Sword/Shield e limitadas a apenas 3 delas, enquanto a mecânica VStar foi introduzida em Brilliant Stars. Desde então, poderiam ser melhor trabalhadas para poder aumentar o leque de possibilidades dos jogadores.
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- O retorno das cartas ACE SPEC, que também é uma ótima mecânica de colocar somente uma no deck. Era algo tão simples que não iria prejudicar a longo prazo, se esse tipo de regra fosse mantida para o formato Padrão e assim enriquecer ainda mais o Expandido.
E nesse caso, tivemos o retorno dessa mecânica anunciado no Mundial de Yokohama no início do segundo semestre de 2023, onde você pode conferir clicando aqui sobre o tópico do retorno dessa mecânica, que finalmente, a Pokémon Company decidiu resgatar isso, mas que levou quase mais de 10 anos pra olhar isso.
Estádios com Dupla Função
Cartas como Parallel City BKT 145, Chaos Tower FCO 94 e Reverse Valley BKP 110 são ótimos estádios que possuem uma interação de escolhas dos efeitos considerando o que o jogador quer por em campo, e isso faz muita falta no Pokémon TCG nos últimos anos. Isto poderia ser revisitado e até incentivado para criação de mais deles, para enriquecer não só o formato Padrão, mas também o Expandido.
Mais Estádios Prism Star
Este é outro tipo de estádio que foi muito bom na sua época de duração no formato Padrão, e que poderia ter dado continuidade com as mecânicas de Lost Zone (reforçando o tópico que falei acima).
Foeam esquecidos os arquétipos água, lutador, psíquico, metal e dragão para terem suas próprias versões Prism Star, algo que a Pokémon poderia ter muito bem continuado, o que ia enriquecer mais o metagame dentro do Padrão a longo prazo e enriquecer o Expandido em seguida com outras opções.
Conclusões
Basicamente, a Pokémon vive de reciclagens e não tem uma boa sustentabilidade com implementação de mecânicas a longo prazo, o que peca no tremendo potencial que as cartas têm.
Poderiam até copiar o que deu certo no Magic, em que cartas de 1990 conseguem conversar com cartas da atualidade, com uma revisão minuciosa e com mais carinho.
Há também certo desdém com o ocidente com algumas coleções, mostrando novamente que ela pode ser muito parcial e pendular aos seus interesses e não considera o bem-estar do jogo ou a forma de construir um legado mais competente e mais eficiente com o TCG, apesar que ele, sim, pode ter seu potencial muito refinado (com as bases já existentes).
Bom, agora é com vocês: vocês tem alguma ressalva sobre o TCG em si? O que poderia mudar para melhor? Existem defeitos que eu não vi e que vocês perceberam, que eles deveriam rever para melhorar mais o formato de jogos, tanto no Padrão e no Expandido?
O que vocês queriam que eles trouxessem de volta, considerando o bom do que eles fizeram no passado para o formato atual? Fique a vontade e comente abaixo no site!
Até a próxima.
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